5 de dezembro de 2012

Segunda Intifada - A Verdade, Parte 2

  Enquanto a Autoridade Nacional Palestina (ANP) conseguia o que queria e dava início ao levante que ficaria conhecido como Intifada de Al-Aqsa ou simplesmente como Segunda Intifada, vários  ativistas responderam ao chamado do xeique Hassan Yousef. Fizeram uma grande bagunça desnecessária e saíram arrastando tudo e todos desde a Mesquita de Al-Aqsa até as muralhas da cidade sagrada de Jerusalém. Arafat e a ANP puderam continuar em seus lares vendo, literalmente, o circo pegar fogo. 
  Quem foi arrastado por esse turbilhão foi o jovem Tuvia Grossman. Reconhece esse nome? E sua foto? É essa aqui: Lembrou?




  Esse jovem não é árabe. Nem esse soldado israelense estava ameaçando. Quer conhecer a história dele? 


A foto que deu origem a tudo isso 

  No dia que eclodiu a Intifada, Tuvia Grossman estava indo de táxi visitar o Muro das Lamentações. Sua imagem foi fortemente aproveitada pelos holofotes da mídia internacional...


  No dia 30 de Setembro de 2000, o jornais The New York Times, Associated Press e outros grandes órgãos da mídia publicaram a foto de um jovem rapaz - ensanguentado e ferido - sob a mira do cacetete de um policial israelense. A legenda o identificava como uma vítima palestina das recentes manifestações -- com a clara implicação de que o soldado israelense era o que estava agredindo o rapaz. 
  A verdadeira identidade da vítima foi revelada quando o Dr. Aaron Grossman, de Chicago, enviou a seguinte carta ao Times: 
  "A respeito da foto na página A5 do soldado israelense e o palestino no Monte do Templo, aquele palestino é na verdade meu filho, Tuvia Grossman, um estudante judeu de Chicago. Ele, e dois de seus amigos, foram arrancados de seu táxi, enquanto viajavam em Jerusalém, por uma multidão de árabes palestinos, e foram severamente espancados. 
  "A foto em questão não pode ter sido tirada no Monte do Templo, uma vez que não há postos de gasolina no Monte do Templo, e certamente não com inscrições em hebraico, como a que pode ser claramente vista atrás do soldado israelense que estava tentando proteger meu filho da multidão." 

  Em resposta, o New York Times publicou uma insignificante correção que identificava Tuvia Grossman como "um estudante americano em Israel" - não um judeu que havia sido espancado por árabes. A "correção" também dizia que o "Sr. Grossman foi ferido" na "Cidade Velha de Jerusalém" - apesar de o espancamento na verdade ter acontecido no bairro árabe de Wadi al Joz, e não na Cidade Velha. 
Em resposta ao ultraje público que a correção inadequada causou, o New York Times publicou novamente a foto de Grossman - desta vez com a legenda correta - com um artigo completo detalhando seu quase linchamento nas mãos de manifestantes palestinos.
A sangrenta foto de Tuvia Grossman se tornou um símbolo na batalha para assegurar que Israel receba uma cobertura justa na mídia, assim como toda nação merece.
Em abril de 2002, uma corte distrital em Paris exigiu uma indenização do jornal francês "Libertation" e da Associated Press para pagar danos a Grossman no valor de 4.500 Euros.
A corte condenou a Associated Press por "apresentar erroneamente (Grossman) como membro da comunidade palestina", enquanto a corte censurou o "Liberation" por "publicar a foto litigiosa com comentário editado de maneira errônea, dando à figura um significadoe um escopo que a foto não poderia ter".

ABUSO ÁRABE

  Ainda mais notável é que grupos árabes adotaram a foto de Grossman em sua própria propaganda, cinicamente usando um judeu ensangüentado como símbolo da batalha palestina. 

Um site oficial do governo egípcio usa a foto de Grossman em sua "Galeria de Fotos". 
 E o Centro de Informação Palestina, www.islam.net, incorporou a foto de Tuvia num banner em sua página principal, (O gráfico foi recentemente removido do site) 
  Além disso, alguns grupos árabes convocaram para um boicote à Coca-Cola, por fazer negócios com Israel, e fizeram circular uma série de posters para divulgar sua causa. Um poster mostra o sangramento de Grossman justaposto ao logotipo da Coca-Cola, e o texto "Ao apoiar produtos americanos, você está apoiando Israel." 

  




  O site Snopes.com relata que, ironicamente, como Ramallah é sede de uma engarrafadora da Coca-Cola que emprega 400 residentes (e indiretamente cria emprego para outras centenas), e as indústrias da Coca-Cola nos países do Oriente Médio são operadas como negócios locais, qualquer boicote à Coca-Cola no Oriente Médio provavelmente causaria mais danos monetários aos árabes e palestinos do que aos americanos e israelenses. 
  Snopes.com nota outa ironia: A Pepsi tambám está na lista de boicotes árabes, com acusação de que o nome "Pepsi" é um acrônimo para 'Pay Every Penny to Save Israel' (Pague Cada Centavo para Salvar Israel) ou 'Pay Every Penny to the State of Israel.' (Pague Cada Centavo para o Estado de Israel). Como certa vez notou a Associated Press, "Chamar a Pepsi de um 'produto judaico' é irônico, dado que a Pepsi foi uma das muitas multinacionais que não fez negócios com Israel durante os 40 anos de boicote comercial árabe ao Estado Judeu." 
  E, é claro, a maior ironia de todas, é que a imagem escolhida no poster para representar o sofrimento palestino não foi outra senão a de Tuvia Grossman, quase espancado até a morte por uma multidão palestina. 


DEPOIS DE TUDO, A ALYIÁ

Em 7 de setembro, de 2005, Tuvia Grossman fez alyiá. " Eu sabia que eu queria estar aqui, em Israel", disse, acrescentando: "Nada vai me deter. Grossman, que se formou em Direito em Chicago, trabalha na Gromitzky & Co, um escritório de comércio internacional em Tel Aviv.
Dez anos após a foto, Grossman está com quase 30 anos, casado e com uma filha de 3 anos. de idade. 




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