9 de dezembro de 2012

Hamas, nada de novo, de novo

Eu já volto ao Fatah/OLP/ANP e seus dirigentes....


Porque não tem como deixar passar essas notícias:

Khaled Meshaal é recebido como herói na Faixa de Gaza. Quem é Khaled? Khaled Meshaal, o líder político do Hamas, que estava exilado há 45 anos e chegou à Faixa de Gaza pela primeira vez para comemorar os 25 anos da fundação do grupo terrorista. Como não se comover com suas palavras:- Gaza sempre esteve em meu coração - disse Meshaal. - Eu considero este momento o meu terceiro nascimento. E rezo a Deus pelo quarto, que será quando toda a Palestina for libertada.

Ou ainda:- Peço a Deus que um dia me conceda o martírio nesta terra - disse Meshaal. - Hoje é Gaza. Amanhã será Ramallah e depois Jerusalém, e então Haifa e Jaffa - disse Meshaal se referindo à principal cidade da Cisjordânia e à cidade sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus.

É, é de chorar mesmo! 

Para israelenses, de chorar de preocupação!






JERUSALÉM - Recebido como herói, Khaled Meshaal, o líder político exilado do Hamas, chegou nesta sexta-feira na Faixa de Gaza para sua primeira visita a territórios palestinos em 45 anos, a fim de comemorar o 25º aniversário da fundação do grupo. Em seus primeiros passos, ele orou e beijou o chão de Gaza, celebrando sua visita.
- Gaza sempre esteve em meu coração - disse Meshaal. - Eu considero este momento o meu terceiro nascimento. E rezo a Deus pelo quarto, que será quando toda a Palestina for libertada.



Os outros dois nascimentos seria ao sobreviver a uma tentativa de assassinato por agentes israelenses em 1997, na Jordânia, e o seu nascimento de fato, em 1956.


- Peço a Deus que um dia me conceda o martírio nesta terra - disse Meshaal. - Hoje é Gaza. Amanhã será Ramallah e depois Jerusalém, e então Haifa e Jaffa - disse Meshaal se referindo à principal cidade da Cisjordânia e à cidade sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus.


Haifa, no entanto, é uma cidade israelense. Jaffa, ou Yafo, é uma cidade com mesquitas, mas que hoje faz parte de Tel Aviv - o que poderia indicar planos mais amplos do líder político do Hamas.


Meshaal deixou a Cisjordânia em 1967, após ter sido exilado. É primeira viagem dele à Faixa de Gaza, que tem sido governada pelo Hamas desde que o grupo entrou em confronto na região com o Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em 2007.


A visita ocorre dias depois de a ONU ter reconhecido a Palestina como Estado observador não membro da organização e de um acordo de cessar-fogo com Israel. Espera-se Meshaal participe de um grande comício neste sábado na Praça al-Kateeba, na Cidade de Gaza, depois de se encontrar com líderes do Hamas e visitar vítimas dos recentes ataques israelenses, incluindo a família de Ahmed al-Jabari, o comandante militar do Hamas assassinado no começo do conflito. Ele será acompanhado por seu vice, Moussa Abu Marzouk, que já visitou Gaza brevemente antes. Espera-se também que ele discuta a reconciliação com o Fatah.


As celebrações do aniversário do grupo foram divulgadas por uma semana como uma forma de ajudar o Hamas a manter o seu dinamismo político após o fim do recente conflito com Israel, que trouxe uma enxurrada de dignitários estrangeiros e suas delegações a Gaza pela primeira vez desde que o grupo tomou o poder.


Tanto o Hamas - cujo nome é uma sigla para Movimento de Resistência Islâmica - e o Fatah vêm tentando ganhar apoio interno para tentar reanimar as negociações paralisadas e realizar uma eleição geral muito esperada.


Em Ramallah, o partido rival Fatah tem andado em alta após a Assembleia da ONU da semana passada, que reconheceu a Palestina como um estado observador não membro. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, foi recebido por uma grande multidão quando voltou de Nova York esta semana e está esperando um outro impulso popular quando visitar o rei Abdullah da Jordânia.


Na segunda, 12 combatentes do Fatah que saíram de Gaza em 2007 foram recebidos de volta e ouviram a promessa de anistia dos líderes do Hamas, ávidos para reforçar o espírito de reconciliação.


‑ Juntem-se à resistência e parem de perder tempo. Vamos colocar nossas mãos juntas e carregar a arma - instou Mahmoud al-Zahar, um dos principais integrantes do Hamas. - Digo aos membros do Fatah: aqueles que querem se juntar aos vitoriosos e que querem celebrar e se sentir honrados e carregar uma arma, nós abrimos nossos braços para eles. Aos que querem fazer diferente, dizemos a eles que conhecemos nosso caminho, que é para Jerusalém.


Pouco antes do conflito recente com Israel, havia sinais claros de que muitos palestinos estavam cada vez mais cansados das políticas radicais depois de cinco anos de controle do Hamas em Gaza.


Uma pesquisa realizada no começo de novembro pelo Centro de Mídia e Comunicação de Jerusalém revelou que 40% dos palestinos em Gaza votariam no Fatah. O apoio ao Hamas ficou em apenas 22,4%. Na Cisjordânia, o apoio ao Hamas era ainda menor: de 16,6%.


A mesma pesquisa mostrou que 65% dos palestinos são a favor de “negociações pacíficas” ou "resistência não violenta", enquanto apenas 28% disseram querer o retorno da "resistência armada", a estratégia favorecida pelo Hamas.


Na quarta-feira, comboios de jovens irromperam pelas ruas da Cidade de Gaza exibindo bandeiras do Hamas e tocando alto músicas nacionalistas. As ruas estavam decoradas com centenas de bandeiras do Hamas misturadas com bandeiras palestinas, como se para enfatizar a legitimidade do governo do Hamas para o novo Estado da Palestina. Mohammed Samir, de 44 anos, um simpatizante do Hamas, disse ao “Independent“ que ele ficaria “muito feliz” em ver Meshaal em Gaza.


- Amo este homem - disse Samir. - Ele é um homem muito bom, muito inteligente. Para ele viajar a Gaza prova que ele alcançou a vitória total. Isso significa que Gaza está sob nosso controle. Até agora, Egito e Israel estavam proibindo as pessoas de vir. Agora qualquer um pode vir a Gaza. Psicologicamente isso dará um impulso positivo para a resistência e para os cidadãos que sofreram tanto nesta última guerra.


Ayman Farid, de 31 anos, que descreveu a si mesmo como independente, disse que não estava comovido pela chegada de Meshaal.


- Não faz diferença. Não me importa - disse.


Um islamista salafista que disse se chamar Abu Mahmoud insinuou as divisões que permanecem entre os palestinos ultrareligiosos.


- Ele é um mau líder, ele não é nem mesmo um bom muçulmano - disse.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/lider-do-hamas-chega-gaza-em-1-visita-terras-palestinas-em-45-anos-6963126#ixzz2EaEDfF00

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